Agora é tudo ou nada. Com o fim da validade da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) se aproximando, os bancários sabem que precisam usar todos os meios para pressionar os bancos a apresentarem uma proposta justa para a pauta de reivindicações da categoria. As atividades começam na segunda-feira (26/8), dia nacional de mobilização da categoria.
Em plenária realizada na noite de quinta-feira (22), os bancários da Bahia e Sergipe aprovaram a concentração das manifestações nas agências do Banco do Brasil, além da realização de campanhas para a doação de sangue durante os atos, como forma de chamar a atenção da sociedade para as demandas da categoria.
A plenária aprovou ainda que a Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe enviasse um documento ao Comando Nacional dos Bancários, solicitando que oriente os sindicatos de todo o país a convocarem assembleias no início da semana, para discutir o estado de greve e na próxima quinta-feira (29), para decretar greve nacional da categoria, caso não tenha avanços nas propostas, respeitando o processo de negociação em curso e todos os trâmites legais.
A participação dos trabalhadores nas atividades é de extrema importância para pressionar a Fenaban a apresentar uma proposta decente na rodada de negociação marcada para a próxima terça-feira (27/8), em São Paulo.
Na última reunião, no dia 21 de agosto, a Fenaban apresentou a proposta de reajuste abaixo da inflação, de 85% do INPC, o que resultaria em perda de 0,57% na remuneração das bancárias e bancários. Além disso, os bancos tentaram atacar outros itens da CCT, como a participação nos lucros e resultados (PLR), direitos garantidos aos trabalhadores afastados pelo INSS por motivo de doença e vales alimentação e refeição.
A proposta foi prontamente rejeitada na mesa pelo Comando Nacional dos Bancários, que refirmou que os trabalhadores não vão aceitar perda de salários e nem de direitos.