Os bancos seguem com a política de demissão de funcionários e precarização das condições de trabalho. Entre janeiro e outubro de 2023, o setor fechou 5.300 postos de trabalho em todo o país. Nos últimos 12 meses o número é ainda maior, chegando aos 5.712 empregos eliminados. Os dados são do Dieese, com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Em outubro houve uma ligeira melhora no quadro do emprego bancário, com um saldo positivo de 257 postos de trabalho em todo país. Apesar disso, o saldo ficou negativo em cinco estados: Amapá, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. O destaque negativo é para São Paulo, que concentrou 82% do saldo negativo (-196 vagas).
Na análise pelo recorte de gênero, no mês de outubro, o aumento de vagas privilegiou os homens. Entre eles, houve aumento de 396 vagas. Entre as mulheres, houve redução de 140 vagas. Na segmentação por faixa etária, houve saldo positivo entre as faixas de até 29 anos (1.054 vagas a mais). Já para as faixas etárias superiores, foi notado movimento contrário, com fechamento de 798 vagas.
Com relação à remuneração, os dados apontam redução do salário médio que, para o bancário admitido chegou a R$ 5.564,98, apenas 73,38% do que era recebido pelo demitido (R$ 7.583,32).
Os dados comprovam que as demissões são usadas como uma política para os bancos aumentarem a lucratividade, seja diminuindo o número de funcionários ou pagando menos ao trabalhador contratado.
Essa política só favorece os banqueiros, prejudicando funcionários e clientes. Os bancários que ficam são submetidos à sobrecarga de trabalho, enquanto os clientes recebem um atendimento precário.