Negociações sobre o Saúde Caixa vão continuar

Em reunião nesta quinta-feira (31/8), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a direção da Caixa decidiram pela continuidade das negociações para construção de uma proposta de acordo sobre o Saúde Caixa, que atenda aos interesses dos trabalhadores e da empresa.

No encontro, apesar de entender que a ultratividade não é devida, o banco reconheceu que a vigência do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa vai até dezembro de 2023, e que os princípios do pacto intergeracional, do mutualismo e da solidariedade sempre são e continuarão sendo considerados no debate a respeito do modelo de custeio do plano, que prevê que 70% dos custos devem ser arcados pelo banco e 30% pelas empregadas e empregados.

O secretário geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, destacou a importância de o banco ter afirmado que os princípios basilares do Saúde Caixa devem ser observados. “O pacto intergeracional, o mutualismo e a solidariedade são ‘cláusulas pétreas’ que precisam ser respeitadas para não corrompermos nosso plano. Mas, para manter o modelo de custeio 70/30, a Caixa precisa rever seu estatuto e excluir o teto de 6,5% de custeio”, disse, ao se referir ao limite de gastos em saúde que a Caixa pode ter com seus funcionários, definido no Estatuto em 6,5% da folha de pagamentos.

Para a representação dos empregados, a imposição do teto leva em conta argumentos liberais e a exigência do Tribunal de Contas da União para empresas de capital misto, que têm ações negociadas em bolsa de valores, o que não é o caso da Caixa e, por isso, o banco não precisa atender tal exigência.

Os representantes dos trabalhadores cobraram ainda respostas para todas as reivindicações feitas desde o início das negociações sobre o Saúde Caixa. Para eles, os dados detalhados sobre o custeio e outras informações sobre o plano são essenciais para a construção de um bom acordo.

Outra reivindicação que já havia sido apresentada, e novamente cobrada, foi com relação ao retorno das Gerências de Pessoas e comitês de credenciamentos, como forma de descentralizar e melhorar o atendimento aos usuários e credenciados, além de o número de profissionais, hospitais e laboratórios credenciados nas regiões.

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