O Comando Nacional dos Bancários volta a se encontrar com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nesta terça-feira (27/8), na décima rodada de negociação da campanha salarial 2024. As negociações devem seguir nos dias seguintes, até sexta-feira (30). Na mesa, os bancários vão reforçar a cobrança por uma proposta global para a pauta de reivindicações da categoria, que garanta aumento real de salário e manutenção dos direitos presentes na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Para aumentar a pressão sobre os bancos, os bancários vão realizar um tuitaço das 9h30 às 11h30, com a hashtag #MerecemosRespeito. A participação de todos é muito importante.
Os bancários estão indignados com a proposta apresentada pelos bancos na última mesa de negociações, que previa reajuste de apenas 85% da inflação medida pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, o que resultaria em uma perda salarial de 0,57% para a categoria. Um absurdo sem tamanho.
O setor bancário é o e mais lucrativo da economia brasileira. Em 2023, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões no país. Só no primeiro semestre deste ano, o lucro dos cinco maiores bancos foi de R$ 60 bilhões, aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2023. Não existe motivo para uma proposta tão rebaixada de reajuste para os funcionários.
Os bancários são os principais responsáveis por este resultado e deveriam ser valorizados pelos bancos. Por isso, mesmo a categoria seguirá mobilizada nos próximos dias até que os bancos apresentem uma proposta satisfatória.
Confira as principais reivindicações da categoria:
– Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%;
– Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
– E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.
– Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na categoria;
– Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
– Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
– Direitos para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
– Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
– Mais mulheres na TI;
– Combate à terceirização e garantia de empregos;
– Jornada de trabalho de quatro dias;
– Ampliação do teletrabalho.