Nesta Quinta tem negociação com a Fenaban sobre igualdade de oportunidades

Dando continuidade às negociações da campanha salarial 2024, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação dos Bancos (Fenaban) se reunirão nesta quinta-feira (11/7), em São Paulo. Igualdade de oportunidades será o tema do terceiro encontro para discussão da pauta de reivindicação da categoria, que tem data base em 1º de setembro.

Na mesa, os representantes dos bancários vão reivindicar o fim das distorções salariais entre gêneros, o combate ao preconceito e condições igualitárias nos processos de ascensão dentro dos bancos, para que mulheres, pessoas com deficiência (PCDs), negros e LGBTs tenham maior representatividade nos cargos de liderança.

Esta é uma questão importante onde há muito o que avançar. Relatório do Dieese, elaborado com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostra que as mulheres ganham em média 22% menos que os homens nos bancos. Se for negra, a situação é ainda pior com a remuneração média 38% inferior à remuneração média dos homens brancos bancários.

A média de remuneração na categoria bancária é R$ 8.082. A partir do recorte racial, o Dieese mostra que, homens brancos estão no topo, com remuneração média de R$ 9.570, seguidos dos homens negros (R$ 7.526), mulheres brancas (R$ 7.401) e mulheres negras (R$ 5.950).

Uma das explicações para esse quadro é a menor participação das mulheres negras em cargos de liderança. Enquanto os homens brancos respondem por 39% dos cargos de liderança, as mulheres negras respondem por apenas 10% dos cargos de liderança.

Considerando todos os cargos da categoria bancária, os homens representam 52,2% e as mulheres 47,8% do total de trabalhadores. Ao analisar o recorte racial, as mulheres negras (pretas e pardas) representam 11,7% da categoria, as orientais 1,3% e as indígenas apenas 0,1%.

PCDs e LGBTs

Também com base na RAIS, o relatório do Dieese apontou que a proporção de trabalhadores com deficiência contratados representa apenas 4% da categoria.

Em relação às trabalhadoras e trabalhadores que fazem parte da comunidade LGBT, não existem dados atualizados e não é possível o levantamento a partir da RAIS. O último levantamento a respeito foi realizado pela Febraban em 2014, quando cerca de 15% da categoria havia informado, na época, que não se identificava como heterossexual.

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