Itaú: GT Saúde debate canais de denúncias

O Grupo de Trabalho (GT) bipartite de Saúde no Itaú se reuniu nesta terça-feira (17/10), em São Paulo, para dar seguimento aos debates sobre saúde e condições de trabalho. No encontro, o ombudsman do banco fez uma apresentação sobre o funcionamento do canal de denúncias, os números de apurações e as condutas.

Foi apresentado o passo a passo do canal, como é que começa, como as pessoas são ouvidas, como é o processo e todos os trâmites que a denúncia passa até chegar na conclusão do caso e as punições.

Depois da apresentação, os representantes das funcionários puderam tirar as dúvidas e a diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Andréia Sabino, chamou atenção para um caso de assédio envolvendo um gestor com atuação na Bahia e Sergipe, que foi apenas advertido, mesmo após várias denúncias e provas sobre a sua postura assediadora. A punição foi considerada branda, diante da gravidade do caso.

Andréia pontuou que a falta e punição adequada tira a credibilidade do Ombudsman, principalmente, entre os bancários de base, que temem sofrer retaliações como transferência e demissões após as denúncias. “No caso do gestor que denunciamos na Bahia, ele mesmo falava que as pessoas poderiam denunciar, pois nada iria acontecer com ele. Isso mina a credibilidade do canal e o Itaú precisa ficar atento para que isso não aconteça”.

Os representantes dos trabalhadores cobraram também transparência e celeridade nas apurações das denúncias, além de proteção para os denunciantes. Os bancários precisam se sentir seguros para denunciar o assédio sofrido, sem ter medo de retaliações.

Para a diretora da Feebbase, a reunião foi produtiva. “Todas as federações se posicionaram e o superintendente da área nos ouviu, disse que estava levando todas as sugestões, levando todos os pontos de melhoria. O intuito da reunião era esse, era a gente fazer um trabalho conjunto, porque o movimento sindical não quer a demissão de ninguém, mas, vai acompanhar e cobrar que os assediadores sofram as consequências de seus atos. A gente espera que o canal seja utilizado da forma correta e  justa, para poder prevenir problemas futuros”, concluiu Andréia Sabino.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *