O afastamento de empegados por acidente de trabalho atingiu um número recorde na Caixa em 2022. Segundo o Dieese, foram 524 empregados afastados – o maior número registrado desde o início da série histórica, em 2012, com 426 afastamentos.
Os dados mostram ainda que 75% dos casos estão relacionados a problemas de saúde mental. O índice é preocupante e cresceu assustadoramente em comparação a 2012, quando os afastamentos causados por questões psicológicas representavam apenas 39,4% do total.
Para se ter uma ideia da gravidade do problema, o índice de afastamento por transtornos mentais dos empregados na Caixa é mais expressivo do que em toda a categoria bancária, onde o percentual chegou a 57,1% no ano passado. Essa discrepância se torna ainda mais evidente quando comparada ao mercado de trabalho em geral, que registrou um índice de 6,7%.
Há muito tempo que o movimento sindical vem denunciando o adoecimento dos empregados da Caixa. A situação ficou ainda pior na gestão pelo medo que o ex-presidente Pedro Guimarães implementou no banco, sob as bênçãos de Bolsonaro.
Este é mais um dado para reforçar a necessidade de adoção de uma política mais humanizada no banco. A nova gestão começou a melhorar os ares, mas ainda há muito o que fazer para melhorar as condições de trabalho na empresa.